5 Written explanations of Francisco ASSIS
The need for the EU's continuous support for Ukraine (B10-0007/2024)
A União Europeia tem estado ao lado da resistência ucraniana face ao invasor russo. Podemos mesmo dizer que esse apoio fez a União reencontrar-se com alguns dos seus valores fundamentais, ao reconhecer que eles estão em causa na Ucrânia e que é também por eles que a Ucrânia luta.É por isso muito importante que este Parlamento inicie o seu novo mandato reafirmando o seu apoio à Ucrânia: o apoio político a um país com estatuto de candidato, mas também o apoio económico e militar imprescindíveis à sua sobrevivência enquanto nação soberana.Evidentemente, esse apoio tem de estar devidamente articulado com a NATO. E deve manter-se até que o equilíbrio de forças torne possível uma negociação na qual a Ucrânia se reconheça.Ao mesmo tempo, merece todo o repúdio qualquer iniciativa suscetível de enfraquecer o lado da Ucrânia e dar conforto ao agressor russo. Tais iniciativas são especialmente perversas e condenáveis quando aparecem camufladas de posturas institucionais da UE, como fez há dias Victor Orban. Essa apropriação não pode ficar sem consequências.
Continued financial and military support to Ukraine by EU Member States
A resistência da Ucrânia à criminosa e mortífera invasão e ocupação do seu território pelas forças militares da Federação Russa prossegue há mais de dois anos, com grande sacrifício do povo ucraniano e uma inaceitável perda de vidas humanas. A capitulação da Ucrânia significaria a capitulação dos valores fundamentais em que se funda a União Europeia: a democracia, a liberdade, a autodeterminação, a soberania territorial, os direitos humanos, o direito a cada país escolher o seu rumo, o seu modelo de desenvolvimento, os seus aliados e parceiros. Enquanto a Ucrânia quiser – ou puder – resistir, o dever da União Europeia é apoiar e ajudar os ucranianos a resistir, no plano humanitário, financeiro e militar. Por isso, votei a favor desta resolução.
Situation in Venezuela
Edmundo González foi o vencedor das eleições presidenciais na Venezuela que decorreram em 28 de julho de 2024. O tirano instalado no poder recusa-se a reconhecer a derrota, reclama uma vitória que não consegue comprovar e promove um verdadeiro terrorismo de Estado que já causou diversas vítimas mortais, para além dos inúmeros opositores e dissidentes políticos presos em condições desumanas.O Parlamento Europeu, referência mundial na promoção dos Direitos Humanos e da democracia, tem a obrigação de reconhecer Edmundo González como presidente legítimo da Venezuela. Há momentos em que nenhuma hesitação é aceitável: ou se está ao lado da democracia e de quem por ela luta, ou se está ao lado da tirania e de quem a pretende perpetuar.Por tais razões, votei favoravelmente a presente resolução.
Moldova's resilience against Russian interference ahead of presidential elections, EU integration referendum
O expansionismo da Federação Russa não se limita a incursões e invasões militares. A Rússia aposta também na desestabilização regional e na interferência, cada vez menos dissimulada, no funcionamento das democracias europeias.Para grande frustração de Putin, o desejo soberano de várias ex-repúblicas soviéticas não é a subserviência à Federação Russa, mas a integração na UE. Infelizmente, as plataformas digitais permitem hoje a qualquer autocrata espalhar propaganda e difundir mentiras como se fossem factos. Mas Putin foi além, financiando partidos e candidatos pró-russos e agitando até o fantasma da guerra, para amedrontar os cidadãos moldavos que, no dia 20, vão às urnas votar a adesão à UE.O Parlamento Europeu apresentou esta resolução para mostrar ao povo moldavo que conta com o apoio firme e inequívoco da União Europeia. Felizmente, o texto cogitou um amplo apoio dentro desta câmara e contou naturalmente com o meu voto favorável.
The democratic backsliding and threats to political pluralism in Georgia